O prefeito de Marabá, no sudeste do Pará, Toni Cunha (PL-PA), afirmou que o governo federal suspendeu um repasse do Ministério do Turismo destinado a um show do cantor sertanejo Zezé Di Camargo, por motivação política. Segundo ele, o evento já havia sido divulgado oficialmente e o contrato com o artista estava firmado quando os recursos foram bloqueados.
A denúncia foi feita em um vídeo divulgado nas redes sociais do gestor municipal. Nele, Cunha sustenta que a decisão teria sido motivada por divergências pessoais e ideológicas, e não por critérios técnicos ou administrativos. Para o prefeito, a medida representa prejuízo direto à população local e uso indevido de recursos públicos como instrumento de retaliação.
“Esse dinheiro não é seu, é um dinheiro do suor do povo brasileiro e existem brasileiros em Marabá”, declarou. “Você não poderia, por conta de um sentimento pessoal, cancelar o repasse desses recursos para um show já anunciado e já contratado. Você está causando prejuízo a Marabá e o povo de Marabá também vota.”
Polêmica entre Lula e Zezé Di Camargo
A queixa ocorre em função de Zezé Di Camargo ter se envolvido em uma controvérsia nacional. O cantor criticou publicamente o SBT depois de a emissora convidar o presidente da República e outras autoridades para o lançamento de seu novo canal de notícias, no dia 12 de dezembro.
Dias depois, o artista acusou as herdeiras de Silvio Santos de “prostituirem” a empresa ao abrir espaço para Lula e para o ministro Alexandre de Moraes. O presidente respondeu às declarações classificando a atitude do cantor como “cretinice”.
No dia 16, Zezé Di Camargo publicou uma nota em suas redes sociais na qual pediu desculpas à família Abravanel por ter usado a expressão.
Ao comentar o episódio, Toni Cunha voltou a apontar o que considera incoerência do governo federal e reiterou a acusação de perseguição política. “O cantor Zezé de Camargo vive da sua música, não de votos e eleições. Lamentavelmente, vocês praticam tudo aquilo que vocês dizem combater. Está realizando perseguição política com um dinheiro que nem é seu, é do povo brasileiro”, afirmou.


