Projeto que acolhe crianças em vulnerabilidade tem baixa adesão de famílias em Rio Branco

O edital do Projeto Família Acolhedora, publicado em junho, está com o preenchimento de vagas distante da meta. Segundo o coordenador do projeto, Crispim Machado, de 30 vagas para famílias previstas no edital, apenas cinco foram preenchidas até o momento.

O programa atende crianças e adolescentes afastados das famílias de origem com previsão de auxílio de um salário mínimo por cada menor de idade atendido, exceto nos casos de grupo de irmãos.

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O edital determina a concessão de auxílio a 30 famílias e criação de banco de dados. Em dezembro do ano passado, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, sancionou a lei que dá bolsa-auxílio para famílias que prestam serviço de acolhimento.

“Ao invés dessas crianças irem para um abrigo, vão para a casa de uma família. Uma instituição nunca é bom para uma criança, o melhor é o seio de uma família. Então, a gente cadastra e acompanha essas famílias que queiram acolher uma criança ou adolescente em situação de vulnerabilidade social”, explica o coordenador.

Critérios

Machado ressalta que muitas vezes o programa é confundido com adoção, mas as famílias participantes não entram para a fila.

Crianças e adolescentes ficam nos lares acolhedores por cerca de 5 a 7 meses, e ocorre uma tentativa de reintegração à família biológica. Caso não seja bem sucedida, os menores são encaminhados para o quadro de adoção.

O edital indica os seguintes critérios para cadastro:

  • Ser brasileiro (a) nato ou naturalizado;
  • Possuir idade igual ou superior a 21 anos, e inferior a 65 anos, de qualquer gênero sem restrição quanto ao estado civil;
  • Não possuir antecedentes criminais, e não responder a nenhum tipo de processo;
  • Não estar inscrito no Sistema Nacional de Adoção e nem possuir interesse em adoção;
  • Residir no município de Rio Branco há no mínimo 1 ano;
  • Ter renda própria que assegure seu próprio sustento e de sua família;
  • Disponibilidade para participar das atividades propostas pela equipe técnica do Serviço de Acolhimento Familiar sempre que for solicitado;
  • Anuência de todos os membros que compõem o grupo pretendente a família acolhedora.

O coordenador faz um pedido para que o público se inscreva e contribua para o acolhimento das crianças e adolescentes, que geralmente são encontrados em situação de vulnerabilidade social e abandono.

As inscrições devem ser feitas presencialmente na sede do Serviço de Acolhimento Familiar, na Rua Antony Pascoal, n° 110, Bairro Rui Lino, no horário de 7h às 14h, por tempo indeterminado, conforme demanda e avaliação de necessidade da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH).

Por Victor Lebre, G1 AC

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