O governo de Santa Catarina criticou o Ministério da Agricultura pela alteração no período do plantio da soja no Estado. A pasta reduziu o prazo para a semeadura do grão para a safra 2024, em comparação ao ciclo anterior.

Na safra 2023, os agricultores do Estado tiveram cerca de 140 dias para fazer a semeadura. Uma portaria publicada pelo Ministério da Agricultura nesta sexta-feira, 15, estabelece intervalos entre 100 e 120 dias para o plantio. E o governo Lula, inicialmente, queria intervalo ainda menos.publicidade

Em julho de 2023, uma portaria publicada pelo governo Lula determinou que a semeadura da soja em Santa Catarina poderia ocorrer em somente 100 dias, no intervalo entre 21 de setembro e 29 de dezembro deste ano.

O documento publicado em julho gerou a reação dos Estados produtores do Sul em conjunto. Todos Estados da Região tiveram seus períodos de produção reduzidos para 100 dias e solicitaram a revisão da medida, com o intuito de alterarem a janela de plantio para 140 dias — o que não foi atendido pelo ministério.

Enori Barbieri, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina, disse que a sede do ministério em Brasília anunciou a medida na sexta-feira, sem discutir previamente seus efeitos com os produtores. Além disso, de acordo com o produtor, os superintendentes da pasta na Região Sul apoiavam a demanda dos agricultores do Estado.

O que diz o governo de Santa Catarina, em relação à mudança no plantio da soja

Em nota, a Secretaria da Agricultura e Representações do Agro Catarinense qualifica a decisão do Ministério da Agricultura como “intempestiva”, porque “não atende a realidade dos produtores rurais de Santa Catarina”.

A pasta pede que o período de semeadura de soja para todo o Estado de Santa Catarina seja mantido de 21 de setembro de 2023 a 10 de fevereiro de 2024.