Este é o oitavo texto de uma série de dez, para suscitar uma avaliação do governo do Acre nos últimos seis anos, nos termos das publicações anuais de competitividade, pelo Centro de Liderança Pública – CLP, trazemos desta vez alguns dados e inferências relacionadas ao pilar Solidez Fiscal que no cômputo geral do índice tem peso de 12,1 em 2018 e de 11,3 em 2024. Anteriormente, publicamos aqui no Diário do Acre, análises relativas à Segurança Pública, Sustentabilidade Social, Capital Humano Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado, Educação e Infraestrutura.
A Solidez fiscal de um estado refere-se à sua capacidade de manter finanças públicas saudáveis e sustentáveis a longo prazo. Isso implica ter receitas suficientes para cobrir despesas, gerenciar a dívida de forma responsável, manter um bom nível de liquidez e solvência, e ter capacidade de investir em áreas prioritárias como saúde, educação e infraestrutura, sem comprometer a estabilidade econômica presente e futura. Pode-se dizer que um estado com boa solidez fiscal demonstra responsabilidade na gestão dos recursos públicos, o que gera confiança para a população, investidores e outras esferas de governo.
Como diz o próprio CLP, “um governo que não consegue “fechar suas contas” perde credibilidade e confiança por parte dos contribuintes, empresas e investidores nacionais e internacionais. Um governo sem credibilidade fiscal e financeira promove retração dos investimentos e dos negócios privados, ocasionando queda na produção de produtos e serviços, além de aumento da inflação e do desemprego”.
Em 2018 o relatório do CLP apresentou a foto da solidez fiscal dos estados a partir de seis indicadores que foram alterados e evoluíram para nove em 2024. O Acre estava na 16ª posição e caiu para a 24ª em 2024. Na tabela abaixo é possível verificar quais os principais indicadores responsáveis por um resultado tão funesto. Vejamos:

Como se percebe claramente, as quedas na taxa de investimento e no resultado primário, parecem determinantes para que o Acre tenha perdido posições, sem contar com os novos indicadores apresentados em 2024 que, possivelmente, foram também ruins relativamente aos outros estados
Uma verificação entre estados da região pode ajudar a compreender a performance do Acre em termos de competitividade. Vejamos na tabela 2 abaixo.

A região Norte praticamente andou de lado no período, sem grandes alterações, a não ser o Estado do Acre cuja queda muito expressiva, coaduna-se com os resultados anteriormente demonstrados. Urge recuperar o equilíbrio fiscal, se já não foi feito no último ano, para que recuperemos a capacidade de atração de investimento e seja mantida a solvência e a estabilidade econômica.
Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS, terças, quintas e sábados no DIÁRIO DO ACRE, quartas, sextas e domingos no ACRENEWS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.